[TEORIAS ANTIGAS SOBRE A ORIGEM DOS
SERES VIVOS]
1
INTRODUÇÃO
O
presente trabalho insere se no
âmbito de pesquisas
e investigação no que tange a consolidação dos conhecimentos na disciplina de Biologia e tem como proposta
de tema Teorias antigas sobre a origem dos seres vivos.
Os
seres vivos da Terra actual estão
adaptados ao meio em que vivem. Esta
frase revela que entre os seres vivos e
o ambiente há um ajuste, uma harmonia fundamental para a sua sobrevivência.
Inicialmente
os Homens da ciência tentaram explicar a origem e multiplicidade das espécies através
de teorias fixistas: durante séculos admitiu-se que as espécies surgiram tal
como hoje as conhecemos e mantiveram-se imutáveis ao longo do tempo e das gerações, permanecendo independentes
quanto à sua origem.
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FIXISMO
As
explicações fixistas que, no mundo ocidental, foram aceites sem discussão até
meados do séc. XVIII, defendiam que as diferentes espécies, uma vez surgidas, se
mantinham inalteradas ao longo do tempo.
Foi o contacto com a grande variedade da fauna e da flora de outros continentes
que, no final do séc. XVIII, levou a pôr
em causa a perspectiva fixista
da
origem das espécies.
A
teoria fixista sobre a diversidade da vida na Terra, afirma que as espécies que
existem hoje em dia são idênticas às do passado, ou seja, todas elas apareceram
adaptadas ao ambiente não sofrendo qualquer alteração. A imutabilidade
defendida por este princípio explica que as extinções se devem, precisamente, a
essa incapacidade de se adaptar ao ambiente por parte dos seres vivos. Esta
concepção opõe-se ao evolucionismo porque este defende a ideia que as espécies actuais
surgiram com transformações graduais sofridas por ancestrais e espécies extintas.
O
fixismo fundamentava-se nas ideias dos filósofos gregos Platão e Aristóteles.
Platão
Defendia
a existência de dois mundos: «um mundo real, ideal, perfeito e eterno» e um «mundo
ilusório e imperfeito», de que nos dávamos conta através dos nossos sentidos.
As
variações que podem ser observadas nas populações de plantas e de animais eram,
para Platão, simples representações imperfeitas das formas perfeitas que eram,
essas sim, reais.
Aristóteles
Aluno
de Platão defendia a existência de uma
escada da vida que tinha todos os seus de grausocupados por espécies fixas, que
não mudavam, não evoluíam, desde as mais simples até às
mais
complexas.
A
versão religiosa do fixismo chama-se criacionismo, que foi desenvolvida de
muitas formas diferentes, consoante a mitologia de cada religião. Num nível
mais amplo, um criacionista é aquele que acredita que uma entidade
suprema, um deus é o criador absoluto do céu e terra, a partir
do nada, num ato de livre vontade. Para os teólogos, uma das bases para
a concepção criacionista da origem das
espécies, está numa interpretação”à letra” do livro de Génesis.
3
TRANSFORMISMO
Maupertuis (1698-1759)
É
um dos primeiros cientistas da época a apresentar uma concepção transformista.
Defendia que os organismos vivos derivam da mesma fonte
inicial, sendo eliminados os que têm características mais aberrantes e ficando aqueles com ligeiras
alterações relativamente aos progenitores.
Esta
corrente veio em resposta ao Fixismo que propunham que a extinção de muitas
espécies seria devida a eventos especiais como, por exemplo, muitas catástrofes
que exterminaramgrupos inteiros de seres vivos. A partir do século XIX, uma série de pensadores
passou a admitir a ideia da substituição gradual de espécies por outras através
de adaptações a ambientes em contínuo processo de mudança. Essa corrente de pensamento, transformista, que vagarosamente foi ganhando
adeptos, explicava a adaptação como um processo dinâmico, ao contrário do que
propunham os fixistas. Para o transformismo, a adaptação é conseguida através
de mudanças. À medida que muda o meio,
muda a espécie. Os adaptados ao ambiente em mudança sobrevivem. Essa ideia deu
origem ao evolucionismo. Evolução biológica é a adaptação das
espécies a meios continuamente em mudança. Essa mudança das espécies nem sempre
implica aperfeiçoamento ou melhora.
Muitas vezes leva a uma simplificação. É o caso das tênias, vermes achatados
parasitas: embora nelas não exista tubo digestivo, estão perfeitamente
adaptadas ao parasitismo no tubo digestivo do homem e de muitos outros vertebrados.
4
CATASTROFISMO
O
Catastrofismo foi a corrente de pensamento geológico mais aceite até meados do
século XVIII, sendo o seu principal defensor Georges Cuvier, pai da
paleontologia.
Esta
teoria explica a extinção de faunas e floras, por destruições sucessivas
provocadas por inusitadas catástrofes ou cataclismos, de larga amplitude, que
foram ocorrendo ao longo dos tempos geológicos e que atingiam enormes extensões
da Terra.
«As
catástrofes eram confinadas a certas regiões geográficas e depois da extinção
de grande parte da fauna e da flora
locais, essa região era repovoada por espécies diferentes vindas de outras
regiões. Essas espécies seriam mais
perfeitas que as anteriores e
permaneciam fixas e imutáveis até nova destruição.»
A
ideia inicial de Georges Cuvier, sofreu alterações ao longo do tempo, sendo
expandida para catástrofes de acção global, as quais resultavam na extinção de
toda a fauna e flora da Terra.
Segundo
os defensores desta vertente do catastrofismo, após a extinção de toda a fauna
e flora global, novos organismos seriam criados pela acção divina. Era a
incorporação da teoria catastrofista pelo
criacionismo defendido por alguns naturalistas do século XIX, que também
defendiam que a última destas catástrofes havia sido o Dilúvio Bíblico.
5
GERAÇÃO ESPONTÂNEA
Até
meados do século XIX os cientistas acreditavam que os seres vivos eram gerados espontaneamente
do corpo de cadáveres em decomposição; que rãs, cobras e crocodilos eram gerados
a partir do lodo dos rios.
Essa
interpretação sobre a origem dos seres vivos ficou conhecida como hipótese da
geração espontânea ou da abiogênese (a=
prefixo de negação, bio =
vida, genesis = origem; origem da vida a partir da matéria
bruta).
Pesquisadores
passaram, então, a contestar a hipótese de geração espontânea, apresentando argumentos
favoráveis à outra hipótese, a da biogênese, segundo a qual todos os seres
vivos originam-se de outros seres vivos preexistentes.
Ao
contrário dos criacionistas, alguns cientistas admitiam que os seres vivos se
formavam a partir da matéria não viva.
Segundo
Aristóteles, autor desta teoria, e
influenciado pela teoria platónica da existência de um mundo das imagens,
afirmava que as espécies surgem por geração espontânea, ou seja, existiam
diversas fórmulas que dariam origem às diferentes espécies. Isto é, segundo
ele, os organismos podem surgir a partir de uma massa inerte segundo um
princípio activo. (Por exemplo, nascer
um rato da combinação de uma camisa suja e de um pouco de milho).
A
geração espontânea permaneceu como ideia principal do surgimento das espécies
devido à influência que as crenças religiosas incutiam na civilização
ocidental, principalmente. Assim, a geração espontânea tornou-se uma ideia
chave para a teoria que surgiria a seguir.
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LAMARCKISMO
Um
dos primeiros adeptos do transformismo
foi o biólogo francês Lamarck. No
mesmo ano em que nascia Darwin, Jean
Baptiste Lamarck (1744-1829) propunha
uma ideia elaborada e lógica. Segundo ele, uma grande mudança no ambiente
provocaria numa espécie a necessidade de se modificar, o que a levaria a
mudanças de hábitos.
Se
o vento e as águas podem esculpir uma rocha, modificando consideravelmente
sua forma, será que os seres vivos não
poderiam ser também moldados pelo ambiente? Teria o ambiente o poder de
provocar modificações adaptativas nos seres vivos?
Lamarck
acreditava que sim. Considerava, por exemplo, que mudanças das circunstâncias
do ambiente de um animal provocariam
modificações suas necessidades, fazendo que ele passasse a adoptar
novos hábitos de vida para satisfazê-las. Com isso o animal passaria a utilizar
mais frequentemente certas partes do corpo, que cresceriam e se desenvolveriam,
enquanto outras partes não seriam solicitadas, ficando mais reduzidas, até se
atrofiarem.
Assim,
o ambiente seria o responsável directo pelas modificações nos seres vivos, que transmitiriam
essas mudanças aos seus descendentes, produzindo um aperfeiçoamento da espécie
ao longo das gerações.
Com
base nessa premissa, postulou duas leis. A primeira, chamada Lei do Uso e
Desuso, afirmava que, se para viver em determinado ambiente fosse necessário
certo órgão, os seres vivos dessa espécie tenderiam a valorizá-lo cada vez mais, utilizando-o com maior frequência,
o que o levaria a hipertrofiar. Ao contrário, o não uso de determinado órgão levaria
à sua atrofia e desaparecimento completo ao longo de algum tempo.
A
segunda lei, Lamarck chamou de Lei da
Herança dos Caracteres Adquiridos. Através dela postulou que qualquer aquisição
benéfica durante a vida dos seres vivos seria transmitida aos descendentes, que
passariam a tê-la, transmitindo-a, por sua vez, às gerações seguintes, até que
ocorresse sua estabilização.
A
partir dessas suas leis, Lamarck formulou sua teoria da evolução, apoiado
apenas em alguns exemplos que observara na natureza. Por exemplo, as membranas
existentes entre os dedos dos pés das aves nadadoras, ele as explicava como
decorrentes da necessidade que elas tinham de nadar. Cornos e chifres teriam
surgido como consequência das cabeçadas que os animais davam em suas brigas. A
forma do corpo de uma planta de deserto seria explicada pela necessidade de
economizar água.
7
EXPERIÊNCIA DE PASTEUR
Louis
Pasteur (1822 – 1895) “Resolveu” a polémica da origem dos microrganismos.
Pasteur adicionou caldo nutritivo em um balão de vidro com gargalo alongado. Em
seguida aqueceu o gargalo, imprimindo a esse um formato de tubo curvo (pescoço
de cisne). Após a modelagem prosseguiu com a fervura do caldo, submetendo-o a
uma temperatura até o estado estéril (ausência de microrganismo), porém
permitindo que o caldo tivesse contacto com o ar.
Depois
da fervura, deixando o balão em repouso por muito tempo, percebeu que o líquido
permanecia estéril.
Isso
foi possível devido a dois factores:
O
primeiro foi consequente ao empecilho físico, causado pela sinuosidade do
gargalo. O segundo ocasionado pela adesão de partículas de impureza e
microrganismos às gotículas de água formadas na superfície interna do gargalo
durante a condensação do vapor, emitido pelo aquecimento e resfriado quando em
repouso.
Depois
de alguns dias, ao verificar a não contaminação, Pasteur quebrou o gargalo,
expondo o caldo inerte aos microrganismos suspensos no ar, favorecendo
condições adequadas para a proliferação de germes.
Ao
expor o caldo aos microrganismos do ar, Pasteur estava fazendo o experimento
controle de sua pesquisa. (fim da geração espontânea).
Demonstrou que uma solução nutritiva previamente esterilizada mantém-se estéril indefinidamente
mesmo na presença de ar (pasteurização).
Bom trabalho esse, me ajudou muito.
ResponderEliminaresse trabalho e muito bom gostei
ResponderEliminarAjude me bastante.isto muito agradeçedo.
ResponderEliminarAjude me bastante.estou
ResponderEliminarmuito agradeçedo.
Me ajudou a mediar nas minhas aulas.
ResponderEliminarMe ajudou muito no meu projeto!
ResponderEliminarTou muito agradecido!
Me ajudou muito no meu projeto!
ResponderEliminarTou muito agradecido!
me ajudou muito gostei bem mais bem gotei.
ResponderEliminarmuito obrigado
me ajudou muito gostei bem mais bem gotei.
ResponderEliminarmuito obrigado
é boa a forma que esta organizado o trabalho foi muito simples concluir parte da minhA pequena pesquisa
ResponderEliminar- Muito obrigado ajudou muito
ResponderEliminarGosti to muit grato pela exta pesquisa
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